A história da Medicina é feita de profissionais que se dedicaram para inovar e trazer melhorias técnicas que pudessem trazer mais qualidade de vida aos pacientes. Com suas pesquisas e desenvolvimento de novos procedimentos, eles transformaram o setor e continuam influenciando gerações. Conheça agora a trajetória de 5 médicos famosos para te inspirar.
Gerty Theresa Cori (1896 – 1957)
Nascida na República Tcheca, Gerty Theresa Cori foi influenciada por um tio, professor de Pediatria, a ingressar na Medicina. Lutando contra preconceitos e atravessando obstáculos, conseguiu fazer doutorado na Europa, e depois partiu para os Estados Unidos com seu marido, também médico, para aprofundar seus estudos.
Juntos, desenvolveram pesquisas que revolucionaram o tratamento da diabetes, o que fez com que Cori fosse a primeira mulher a receber Prêmio Nobel de Medicina, em 1947.
Nise da Silveira (1905-1999)
A médica psiquiatra alagoana sempre acreditou na importância da humanização da área de psiquiatria, rejeitando terapias como eletrochoque, confinamento e camisa de força, que se disseminavam em todo o mundo no começo do século 20.
Nise desenvolveu a terapia ocupacional e criou a Casa das Palmeiras, no Rio de Janeiro, clínica que trouxe um novo conceito de reabilitação, com liberdade para os pacientes se exercitarem, trabalharem e terem contato com animais.
Com uma pesquisa ampla, multidisciplinar, a médica recebeu prêmios e influenciou não apenas a Medicina, mas também áreas de conhecimento variadas, como educação, arte e literatura.
José Eduardo Sousa (1934-2002)
Pioneiro mundial na cardiologia intervencionista (hemodinâmica), ganhou destaque ao realizar o primeiro exame de cateterismo no Brasil, na década de 1960. Suas pesquisas permitiram descobrir que com a introdução de um cateter na perna ou braço do paciente torna-se possível analisar obstruções em artérias, sem a necessidade de “abrir o peito” dos pacientes.
Também desenvolveu a técnica do “stent” para desobstruir artérias, que passou a ser usada mundialmente a partir de 1999, e trouxe para o Brasil o método da angioplastia com balão.
Pesquisador incansável, José Eduardo Sousa publicou mais de 550 artigos em periódicos especializados, apresentou cerca de 2.500 trabalhos em congressos nacionais e internacionais e palestrou em centenas de eventos no Brasil, Américas, Europa, Oceania e Ásia.
José Osmar Medina Pestana (1953)
O médico paulista é diretor do maior centro de transplantes de rim do mundo – o Hospital do Rim (HRIM). De origem humilde, trabalhou como torneiro mecânico para conseguir estudar e ingressar na Escola Paulista de Medicina. Pestana assumiu o programa de transplantes na década de 1980 e aperfeiçoou os procedimentos, tornando-os mais acessíveis – atualmente, são mais de mil cirurgias por ano.
Em 2012, recebeu um prêmio da Escola de Medicina de Harvard (EUA), entregue por Joseph Murray, médico pioneiro em transplantes de órgãos no mundo.
É membro da Academia Nacional de Medicina, do comitê de Ética da Sociedade Internacional de Transplantes, é professor livre-docente da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e já foi presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e da Sociedade Latino Americana de Transplantes.
Denis Mukwege (1955)
Médico ginecologista congolês, já tratou e operou mais de 85 mil pacientes com danos e traumas ginecológicos. Atuando ativamente em um cenário de guerra em seu país, se destaca pelos esforços em prol da saúde e da dignidade de mulheres vítimas de violência sexual.
Mukwege montou um hospital com 350 leitos financiado pela Unicef e outros doadores, além de uma unidade de atendimento móvel e um sistema de apoio para as vítimas reconstruírem suas vidas. Fundou o Hospital de Panzi, em 1999, e ganhou diversos prêmios e condecorações, entre eles o Nobel da Paz, em 2018.
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