Quer se especializar em Cardiologia após a conclusão do curso de Medicina? Descubra agora se essa á a residência médica ideal para você!
Segundo a Demografia Médica de 2023, o país conta atualmente com 20.400 cardiologistas, tornando a especialidade a oitava mais procurada do país, e a primeira entre as que não têm acesso direto. Entre 2012 e 2022, houve crescimento de 75,7% de profissionais da especialidade.
Ao lado de Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia/Obstetrícia, Anestesiologia, Ortopedia/ Traumatologia e Medicina do Trabalho, ela representa mais da metade do total de registros de especialistas no Brasil.
O que faz um cardiologista
Os médicos cardiologistas cuidam do diagnóstico, estudo e prevenção de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular. É uma especialidade de extrema importância para a sociedade, já que as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte.
Segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2022, uma a cada três mortes são decorrentes de problemas cardiovasculares, com quase 18 milhões de pessoas em todo o mundo perdendo suas vidas ao ano em decorrência do problema.
Somente no Brasil, o Cardiômetro – indicador criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para mostrar o número de mortes por doenças cardiovasculares no país – contabilizava mais de 237.100 mortes de janeiro ao início de agosto de 2023.
Outro dado revelado pela ONU é que 86% das mortes pelas doenças poderiam ter sido evitadas ou retardadas por meio de prevenção e tratamento.
Em sua rotina profissional, o cardiologista atende pacientes com enfermidades como infarto do miocárdio, miocardite, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, cardiopatias congênitas, doenças vasculares, coronárias, cerebrovasculares e arteriais periféricas, entre outras.
Residência Médica em Cardiologia
Para exercer a profissão, o estudante precisa se formar em Medicina, cursar dois anos de Clínica Médica (pré-requisito obrigatório) e, em seguida, realizar a residência médica especializada em Cardiologia, que dura mais dois anos.
Além disso, pode optar por cursar subespecializações como ecocardiografia, cardiologia pediátrica, eletrofisiologia clínica invasiva e cardiologia intervencionista.
Durante a residência, há um programa teórico extenso, complementado com treinamento prático em unidades ambulatoriais, de internação e de atendimento crítico.
No primeiro ano, alguns dos objetivos são:
Dominar conhecimentos sobre conceitos básicos, fisiopatologia, determinantes sociais do processo de saúde e doença, critérios diagnósticos e manejo terapêutico das síndromes e doenças cardiovasculares;
Acompanhar o paciente da internação até a alta hospitalar e elaborar relatório específico para seguimento ambulatorial;
Dominar o atendimento de pacientes com síndromes coronarianas crônicas, agudas e com outros fatores de risco cardiovascular;
Conhecer os fundamentos teóricos e as indicações de procedimentos diagnósticos por métodos de imagem como ecocardiograma, medicina nuclear em Cardiologia, tomografia e ressonância cardiovascular, coronariografia invasiva e estudo eletrofisiológico invasivo.
Interpretar eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico simples e cardiopulmonar básico, monitorização dinâmica do ECG de 24h (Holter), monitorização prolongada e teste de inclinação (Tilt teste).
Já no final do segundo ano da residência, espera-se que o médico tenha adquirido competências como:
Dominar o atendimento de pacientes com doença cardíaca valvar, endocardite infecciosa e febre reumática;
Promover cuidados a pacientes críticos e em urgência ou emergência cardiológica;
Dominar a prevenção e tratamento das complicações cardiovasculares do paciente com acidente vascular cerebral, doenças neurovasculares, reumatológicas, autoimunes, endócrinas, nefrológicas, pneumológicas e infecciosas;
Dominar técnicas de acesso vascular e pericardiocentese;
Ter noções avançadas sobre o manejo do paciente crítico em cardiologia em ambiente de pronto-socorro/emergência, UTI cardiovascular e pós-operatório de cirurgia cardíaca;
Dominar a farmacologia cardiovascular.
Mercado de trabalho
Os cardiologistas podem atuar em hospitais, postos de saúde, consultórios particulares, laboratórios, unidades de exames complementares e centros de pesquisa.
A rotina desse profissional depende muito da área de atuação. Se optar pela prática clínica, terá contato próximo com os pacientes; mas também pode escolher atuar na análise de exames e métodos diagnósticos, por exemplo.
O dia a dia em um consultório envolve casos menos graves, enquanto o trabalho em uma unidade coronariana e no pós-operatório traz cenários mais urgentes e complexos.
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