O caminho para os profissionais de medicina é longo e cheio de muitas etapas. Isso porque é uma profissão que exige altos níveis de conhecimento e técnica, já que estamos lidando com vidas e a saúde de outras pessoas.
Durante a faculdade, os alunos experimentam aulas práticas, laboratórios, muita teoria e provas para testar seus aprendizados e prepará-los para os atendimentos da vida real. O objetivo é formar um aluno capacitado para curar e tratar as mais diversas patologias, sempre prestando um atendimento humanizado e empático para com seus pacientes.
Por isso, uma das fases mais importantes da graduação é o internato, a reta final do curso, onde os alunos precisam utilizar todos os conhecimentos adquiridos ao longo da faculdade para começarem a atuar em hospitais, clínicas e consultórios
Quer conferir mais sobre o internato? Então, segue o texto e saiba mais sobre essa fase incrível do curso de Medicina.
O que é o internato?
Com duração de 2 anos, o internato é a etapa correspondente aos últimos períodos da graduação em Medicina. Nele, os alunos passam a experimentar o dia a dia nos hospitais, atuando em casos e pacientes reais sob supervisão dos professores.
Funciona como um estágio obrigatório e deve ocupar no mínimo 35% da duração total do curso, sendo previsto pela regulamentação do Ministério da Educação (MEC).
Nessa fase, os alunos devem cumprir diversas obrigações nas áreas de urgência e emergência, como é o caso dos plantões, que podem durar cerca de 12 horas por dia. O objetivo é fazer com que o estudante esteja preparado para a atividade profissional e os longos expedientes nos hospitais, além de fornecer uma experiência essencial para o seu futuro.
Qual é a importância do internato?
É uma fase que constitui um dos grandes diferenciais do curso, pois apresenta uma proposta pedagógica inovadora e de alta relevância para o ensino médico. Um dos principais objetivos é a integração da faculdade ao meio social regional, onde os alunos e as instituições se inserem na realidade da saúde de suas cidades e ajudam a população local nos hospitais.
Na Humanitas – Faculdade de Ciências Médicas de São José dos Campos-, essa etapa acontece nos principais hospitais da cidade, como o Hospital Municipal, Pio XII, Santa Casa e Clínica Sul, e nas principais Unidades Básicas de Saúde de Jacareí.
Segundo o Dr. Rinaldo Henrique Aguilar da Silva, Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da faculdade, o internato “é muito diferente de apenas acompanhar o processo de trabalho em um hospital e esclarecer dúvidas. É enxergar a profissão como um todo para fazer jus aos aspectos ideológicos da faculdade, que garantem a visão integral do ser humano e se preocupam com o ouvir o próximo.”
Além disso, nessa etapa, os alunos precisam desenvolver a capacidade de trabalhar em equipes multiprofissionais e interdisciplinares, promovendo o compartilhamento de informações entre os diferentes profissionais, visando o bem-estar do paciente.
Quais as principais atividades desenvolvidas durante o internato?
Com o objetivo de formar o profissional para atuação nas áreas gerais da medicina, o internato engloba todas as principais especialidades da profissão, sendo elas:
Ginecologia;
Obstetrícia;
Clínica Médica;
Cirurgia;
Pediatria;
Saúde Coletiva;
Saúde da Família;
Urgência e Emergência.
Dessa forma, o estudante pode ter contato com todas as áreas e conhecer melhor seus interesses e aptidões para, depois, decidir em qual delas seguirá sua carreira.
O internato é remunerado?
Sabemos o quão cansativo pode ser essa etapa para os internos, mas como parte da grade curricular e sob regulamentação do MEC, o internato funciona como uma disciplina do curso de Medicina e, por esse motivo, se caracteriza como um estágio não remunerado.
Apesar das longas horas de trabalho e da pressão que acontece durante esse período, essa é uma atividade que busca a formação do profissional e o preparo para a vida médica, sendo de extrema importância e necessidade para a formação.
E qual a diferença entre internato e a residência?
Apesar de parecerem a mesma coisa, o internato e a residência são etapas totalmente diferentes da vida do profissional de medicina.
O internato, como já dito anteriormente, é uma disciplina da graduação, com provas e avaliações de professores, além de se caracterizar como uma atividade não remunerada.
Já a residência funciona como uma especialização, pois ocorre após a formação tradicional. Depois de graduado, o profissional pode optar por fazer a residência para se especializar em uma área de sua escolha, como a pediatria, ginecologia, entre outros.
O programa possui duração média de 2 a 5 anos e exige que o médico realize uma prova para ingressar. A concorrência costuma ser grande, pois o número de vagas nos hospitais é bem menor do que a demanda, fazendo com que as provas de seleção sejam extremamente disputadas.
A boa notícia é que, diferentemente do internato, a residência é uma atividade remunerada.
Quer saber mais sobre a faculdade? Confira 5 coisas que você precisa saber antes de cursar Medicina. Você também pode conferir nossas 6 dicas para evitar erros comuns na faculdade.
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