Está pensando em fazer residência em urologia? Confira a partir de agora se essa residência, que se dedica ao estudo e tratamento das doenças do trato urinário feminino e masculino e do sistema reprodutor dos homens, é a especialidade certa para você.
Segundo a Demografia Médica do Brasil, eram 6.690 urologistas em atividade no país em 2022. Em dez anos, houve uma taxa de crescimento de 64,3%. No ranking das 55 especialidades de Medicina, a urologia é a 20ª com maior número de profissionais, e é a especialidade que mais concentra homens, com taxa acima de 90%.
O urologista trata dos rins, glândulas suprarrenais, ureteres, bexiga, uretra, pênis, testículos, próstata, epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais e pavimento pélvico. E, diferentemente do que muita gente pensa, não atende apenas homens, mas também mulheres e crianças.
Quais doenças são tratadas pelo urologista?
No aparelho urinário, o especialista costuma se deparar com casos de tumores na bexiga, na uretra e rins; cálculos nos rins; incontinência urinária; alterações na uretra; infecções ou inflamações urinárias. No caso das mulheres, também pode identificar e tratar prolapsos vaginais.
Em relação ao aparelho reprodutor masculino, o urologista cuida de tumores na próstata, genitais e sistema urinário; aumento do tamanho da próstata; alterações no pênis; inflamações na próstata, testículos ou nos epidídimos e disfunções sexuais.
Em sua rotina, o urologista realiza diagnósticos, tratamentos, cirurgias e rastreamento oncológico. Em muitos casos, principalmente em pacientes masculinos, ele é o único médico durante todo o processo.
Algumas das subespecialidades da área são uro-oncologia, transplante renal, urologia feminina, andrologia, infertilidade, uropediatria e uroneurologia.
A residência em urologia
Para ingressar na especialidade, há o pré-requisito de passar pela residência em cirurgia geral. A especialização em urologia dura três anos.
Durante a residência, há treinamento intenso em clínica e cirurgia, no qual desenvolvem habilidades cirúrgicas, endoscópicas e de imagens, com atendimentos supervisionados e utilização de simuladores. Na parte teórica, são aulas, discussões de casos e seminários que ocupam 20% da carga horária.
Ao longo dos semestres, o residente faz atendimentos ambulatoriais, visitas em enfermaria e acompanha cirurgias e casos de emergência.
Segundo a Associação Brasileira de Urologia, o primeiro ano de estudos envolve os fundamentos da urologia, como a embriologia, pato-fisiologia e anatomia cirúrgica do trato geniturinário.
A interpretação de exames de imagem, cirurgias de pequeno e médio porte, videolaparoscopia e procedimentos endourológicos também são habilidades e competências trabalhadas no período inicial.
No segundo ano, começam a ser realizados exames endoscópicos de alta complexidade; procedimentos endourológicos e cirurgias de média complexidade; auxílio em cirurgias de alta complexidade; além do diagnóstico e tratamento de incontinência urinária.
No último ano, o médico se capacita à avaliação pré-cirúrgica, planejamento e realização de cirurgias de médio e grande porte. Outras das habilidades são o diagnóstico e tratamento de neoplasias do trato geniturinário, realização de procedimentos endourológicos de alta complexidade e compreensão das bases da cirurgia robótica.
Como vimos, a urologia é uma área bastante abrangente e com crescimento de demanda nos últimos anos. Você pode conhecer mais sobre outras especialidades da residência, como cardiologia, anestesiologia, ginecologia e obstetrícia, no nosso blog.
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