Você já parou para pensar no papel do fisioterapeuta para os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)? Esse profissional auxilia nos cuidados aos pacientes em estado crítico, melhorando a capacidade funcional e recuperando a independência respiratória e física.
A especialidade de Fisioterapia em Terapia Intensiva foi estabelecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) em 2011, por meio da Resolução nº 402.
Ela define que a função do fisioterapeuta que trabalha nas UTIs é a de realizar avaliação fisioterapêutica, mobilizar pacientes críticos, realizar técnicas de expansão pulmonar e monitorar a ventilação mecânica, entre outras ações.
A ASSOBRAFIR (Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva) faz uma descrição mais ampla, destacando que esse profissional tem como atribuições:
Avaliar e monitorar sistematicamente as diversas variáveis dos sistemas cardiorrespiratório e neuromuscular esquelético;
Atenuar as disfunções do aparelho locomotor associadas à restrição no leito;
Impedir o acúmulo de secreção no interior do sistema respiratório;
Manter e melhorar a expansão pulmonar e a oxigenação do paciente;
Melhorar o desempenho dos músculos respiratórios;
Compartilhar o gerenciamento da assistência ventilatória mecânica invasiva e não invasiva, contribuindo para que o paciente respire por menos tempo com auxílio de aparelhos.
Benefícios para os pacientes
A atuação do fisioterapeuta na UTI contribui para a diminuição do risco de complicações associadas à permanência no leito. Seu trabalho auxilia na manutenção das funções vitais ao atuar na prevenção e tratamento das disfunções cardiopulmonares, circulatórias, musculares e neurológicas. Esse trabalho intensivo possibilita menor tempo de permanência de pacientes no local e diminuição nos custos totais de internação.
A estratégia específica para atuação em UTIs envolve formas de desenvolver de modo precoce exercícios ativos e assistidos para que o paciente seja retirado do leito – em muitos casos, podem ser feitos mesmo durante o período de intubação.
Graças à fisioterapia contínua na terapia intensiva, muitos pacientes conseguem retornar ao seu cotidiano sem graves deficiências motoras e menos dependentes para a realização de suas atividades cotidianas.
Especialização em fisioterapia em UTI
Profissionais com graduação em fisioterapia podem cursar essa especialização. A Humanitas oferece a pós-graduação Fisioterapia em UTI Adulto, Neonatal e Pediátrica, com o objetivo de capacitar os profissionais de forma técnica e científica para o planejamento do atendimento fisioterapêutico especializado aos pacientes em UTI.
O curso visa ainda capacitar o profissional para o exercício de competências e habilidades gerais de atenção à saúde, tomada de decisão e liderança relacionadas à prática da Fisioterapia. Assim, objetiva preparar o aluno para ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação, tanto individual como coletiva, com alto padrão de qualidade, princípios éticos e de responsabilidade profissional.
Coordenada pela Profª Mestre Tania Ueb Machado Klug, a especialização tem duração de 15 meses, com 530 horas em aulas presenciais, a cada 15 dias.
O conteúdo do curso engloba temas como Morfofisiologia do Sistema Respiratório e Cardiovascular; Desenvolvimento Neuropsicomotor; Fisioterapia na Reabilitação do Paciente com COVID 19; Mobilização precoce e Treinamento Muscular do Paciente Crítico; Interpretação de Exames; Anamnese, Diagnóstico e Apresentação Clínica Neopediátrica; Gasometria Arterial e Oxigenoterapia.
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